Vê aquele menino?
Sorriso ingênuo de boca cheia,
exibe pérolas brancas igual colar de madame...
Sorriso escancarado qual o sorriso
do velho que tem a sabedoria de rir por estar vivo...
Sorriso
fugido quando o menino fica sem graça e se fecha pois se sente só...
Sorriso perdido pois se perde em
pensamentos e enruga a testa igual essa gente que se sente grande que já faz as
coisas sem saber direito o porquê e o que está a fazer, onde o fio do tempo na
vida já perdeu um pouco da cor, da importância e do sentido...
Sorriso esquecido quando verte
uma lágrima escondida sobre o lábio que não sorri...
E a tristeza dele é minha tristeza...
A amargura dele encurva meus
lábios em direção ao chão...
Minhas lágrimas guardo em uma
caixa especial feita da madeira das minhas ilusões que abro somente em ocasiões
especiais com a luz da lua cheia...
Caixa que contém pó mágico sobre o qual as lágrimas
são semeadas em pequenos cristais que tem o poder de germinar alegrias à luz
das estrelas...
...mas isso é segredo, coisa que
ninguém sabe!
Uso
minha caixa magica e as estrelas que são minhas testemunhas e me concedem um
pedido...
...e
tudo que peço ao universo é que traga de volta o sorriso do menino com aquele ar
de criança que fez arte!
E o universo gentil toca o olhar
tímido do menino que se transforma com puxar escondido em sua boca, e aquele
riso de canto de boca de quem já não é mais um menino, mas conserva em si um
quê de criança... feliz!
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