domingo, 9 de outubro de 2016
Despir-se
Vejo corpos nus e almas ocultas,
Entre desejos vazios,
Atos de solidão e avidez,
Qual animal faminto,
Por favor dispa minha alma,
A nudez que ficará exposta,
Serão os retalhos dos quais sou feita,
Que anseio se tornarem arte e poesia aos teus olhos,
As costuras mal-feitas e os buracos abertos pelo puir do tempo,
Os remendos dos descosturares da minha vida, em suas cores cruas,
Ao natural,
Que isso seja tudo que seu olhar queira tocar,
A pele descobre-se e cobre-se,
Movida pelo desejo em estado bruto,
Mas a nudez que eu desejo exibir-te,
Quando chegar será permanente,
Então não haverão segredos entre nós,
Apenas aquela cumplicidade que se dá em um olhar,
Que o coração vê e a alma entrega,
E o sorriso não consegue disfarçar.
Créditos da imagem: O artista e fotógrafo Carl Warner resolveu ousar para desenvolver o que viria a ser o seu mais bem-sucedido projeto. Com a utilização de corpos nus, mas sem exposição de partes íntimas, ele cria paisagens incríveis. As imagens reproduzem desertos, pirâmides e cenários rochosos. Veja alguns dos trabalhos do “Desert of Sleeping Men” (Deserto dos Homens Dormindo):
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